segunda-feira, 22 de março de 2010

Conheça os principais tipos de investimento

É hora de decidir o que fazer com as economias guardadas por anos de trabalho no Japão. Saiba quais são os investimentos que combinam com o seu perfil


Poupança

O que é?
A caderneta de poupança é a mais popular e segura forma de investimento. Ela é isenta do imposto de renda e de taxas de administração, mas o seu rendimento é muito baixo. A dica dos economistas é usar a poupança apenas para acumular uma determinada quantia de rendimento para depois distribuí-la em outras aplicações.

Perfil do investidor
Devido às pequenas chances de perda, o perfil do investidor é totalmente conservador. A aplicação também é ideal para quem não tem muitas economias para investir e serve tanto para aqueles que almejam uma aplicação a curto quanto a longo prazo, mas é mais vantajoso optar por prazos maiores.

Riscos e lucros
Os riscos, nessa forma de investimento, são praticamente nulos. Os ganhos, em tese, seriam de 0,5% ao mês, mas em geral só compensam a inflação do período.

Como investir?
Qualquer banco brasileiro oferece esse tipo de produto. Para a abertura de uma conta poupança é necessário apresentar CPF, RG e um comprovante de residência fixa.

Dólar

O que é?
Mundialmente mais negociada e mais aceita, a moeda americana pode servir de refúgio para os investidores mais experientes.

Perfil do investidor
Bom apenas para quem gosta de correr riscos. Isso porque a cotação do dólar oscila muito e com muita rapidez. Se hoje a cotação está em alta, amanhã pode sofrer uma queda brusca.

Riscos e lucros
É altamente arriscado encarar o dólar como investimento. Ainda mais porque economistas preveem que a alta pela qual a moeda passa neste momento pode se reverter nos próximos meses.

Como investir?
Ter dólares guardados no bolso esperando a valorização mais alta do dia não é uma boa ideia. Mesmo porque, nenhum economista consegue prever com exatidão a cotação futura. Especular para sair ganhando com o dólar é coisa de profissionais.

A dica do superintendente executivo do Departamento de Investimentos do banco Bradesco, Marcos Villanova, é “prever a utilização dessa moeda em algum momento futuro”.

Fundos de Renda Fixa

O que é?
É uma carteira de investimentos fechada que pode ter em sua constituição, ações e outras formas de aplicação, mas é formada, majoritariamente, por fontes de renda fixa e títulos de dívida, sejam eles privados ou públicos. São descontados impostos e taxas de administração.

Perfil do investidor
A renda fixa é recomendável tanto ao investidor agressivo quanto ao conservador, como forma de garantir, ao primeiro, uma aplicação segura e, ao segundo, um investimento mais rentável.

Riscos e lucros
Os riscos são baixos. A administração dos investimentos fica a cargo do banco. Se, por um lado, isso reduz riscos de aplicações precipitadas, por outro os bancos criam taxas de serviços que reduzem os ganhos.

Portanto, se os bancos cobrarem uma taxa de administração acima de 2% ao ano, pode não ser um bom negócio ao investidor.

Como investir?
Para iniciar esse tipo de investimento, basta que o investidor tenha uma conta corrente no banco.

Renda Variável

O que é?
É uma carteira de investimentos fechada, oferecida pelos bancos, que pode envolver CDBs, RDBs, títulos públicos e outras formas de aplicação, mas é formada, majoritariamente, por fontes de renda variável, como as ações.

Perfil do investidor
O investidor em renda variável pode ser uma pessoa que anseia retornos mais altos, dispõe-se a correr riscos um pouco maiores, mas não está disposto a conhecer os mecanismos da bolsa de valores. Neste caso, o melhor é pagar para ter o serviço de administração.

Riscos e lucros
Por ser constituída, em grande parte, por investimentos mais arriscados, a aplicação em renda variável é mais perigosa que a aplicação em renda fixa. Procure os CDBs de grandes bancos, sejam eles públicos ou privados. Isso porque, se a instituição que emitiu o título quebrar, quem sairá no prejuízo será o investidor.

Como investir?
Assim como em renda fixa, a quantia a ser aplicada é combinada com a instituição financeira e ela administrará sua carteira.

Ações


O que é?
Ações são títulos que representam uma pequena fração do capital de uma empresa, negociados na Bolsa de Valores. De acordo com a performance da companhia, suas ações podem valorizar ou desvalorizar. Investir em ações significa comprar esses papéis, esperando que eles valorizem.

Perfil do investidor
O investidor em ações tem que ter sangue-frio. A ação é de alto risco, mas as expectativas de ganho são altos. É preciso ser um aplicador com boas reservas financeiras.

É uma boa alternativa para investidores de médio e longo prazo, mas segundo Marcos Villanova, “é fundamental que se tenha uma perspectiva real de longo prazo, além de conhecer os riscos e possibilidades de oscilação que o mercado apresenta”.

Riscos e lucros
O ano de 2008 não foi muito lucrativo para os investidores de ações. Devido à crise financeira, muitos perderam a metade de seu valor aplicado.

Mas economistas afirmam que a tendência é de recuperação, com a retomada da economia mundial. Apesar da perda, a Bovespa acumula alta de 233% desde 2003.

Como investir?
A compra de ações pode ser feita em instituições financeiras. Mas atenção: não aplique todas as suas economias nos papéis de uma única empresa. Diversifique e nunca haja por impulso. Também evite comprar papéis de empresas novatas na bolsa.

Fundos de Ações


O que é?
Não confunda a aplicação direta em ações com fundos de ações. Neste caso, eles têm a maior parte de seus recursos aplicada em ações.

Perfil do investidor
Assim como a compra de papéis, quem aplica em fundos de ações precisa gostar de correr riscos. É bom para quem quer colocar parte de seu dinheiro na bolsa, mas sem negociar diretamente os papéis. Não é aconselhável para aquele investidor que precisa do dinheiro a curto prazo.

Riscos e lucros
É bastante arriscado para quem precisa do dinheiro a curto prazo, já que os fundos acompanham a oscilação das ações.

Como investir?
Para aplicar em fundos de ações é preciso ter uma conta corrente em uma instituição financeira. Não retire os seus rendimentos quando houver desvalorização. Quando o mercado estiver em alta, o valor poderá ser recuperado.

Tesouro Direto


O que é?
O Tesouro Direto é um programa que visa a venda de títulos públicos diretamente a pessoas físicas pela internet. Sem o intermédio de bancos, o indivíduo livra-se de taxas de serviços.

Títulos públicos são papéis emitidos pelos governos que têm, como objetivo, o financiamento de gastos públicos. O valor mínimo a ser aplicado é cerca de 200 reais.

Riscos e lucros
Por se tratar de títulos de municípios, estados e governo federal, os riscos são baixos. Os juros altos pagos no Brasil garantem um bom retorno.

Perfil do investidor
É considerada uma boa opção para quem pretende aplicar a médio e longo prazos. É considerado um investimento conservador. A pessoa deve estar atenta aos tipos de títulos que compra, o que exige certo envolvimento.

Como investir?
O investidor deve se cadastrar em um banco ou em uma corretora de valores para ter acesso ao site do Tesouro Direto. O site oferece uma lista de títulos públicos à venda. Depois do cadastro, a pessoa deve registrar sua senha e assinatura eletrônica e, dessa forma, estará apta a comprar títulos.

http://madeinjapan.uol.com.br/2009/03/06/conheca-os-principais-tipos-de-investimento/

domingo, 21 de março de 2010

Apoio para quem volta ao Brasil


Nunca os brasileiros que voltaram ao Brasil tiveram tanto apoio para se readaptar ao País. Para vencer as primeiras dificuldades eles têm à disposição orientações, cursos e palestras em todas as áreas – psicológica, social, familiar, cultural, educacional e trabalhista – elaborados especialmente para os retornados. E o melhor: tudo é gratuito.

Para quem ficou tantos anos no Japão, o retorno é complicado. “Ao regressar, a pessoa terá de construir novos espaços no campo familiar, no trabalho e até nos locais em que estava acostumado”, afirma Taeco Toma Carignato, psicóloga psicanalista e palestrante do Ciate, com o tema “Retornando ao Brasil: criando metas e novas perspectivas”. “A família acostumou-se a viver com o vazio deixado por quem foi ao Japão, sua vaga no trabalho foi ocupada e a cidade que conhecia não é a mais a mesma”, explica Taeco. Ela diz que o primeiro passo será vencer o estranhamento do retorno, reconstruir os laços e recuperar as esperanças. “Ele precisa resolver todos os seus conflitos pessoais, sociais e familiares. Antes disso, não dá para falar em qualificação e retorno ao mercado de trabalho”, observa Taeco.

Com formação em Metafísica e Neurolinguística, as palestras de Helena Sanada, também no Ciate, visam fortalecer o retornado espiritual e moralmente. “Quem volta sente-se um fracassado. Pensa: ‘sou menos que os outros’”, observa Helena que fala sobre “Aprendendo a se ver positivamente” e “Planejamento para quem está voltando do Japão” nas palestras do Ciate. “Todos têm um potencial e uma força interna e devem usá-los para recomeçar no Brasil. Se ele próprio não se fortalecer internamente não poderá ajudar a si mesmo e muito menos aos outros”, completa Helena.

O choque cultural é outra questão enfrentada por quem volta ao Brasil. Para vencer essa dificuldade, o retornado encontra apoio no Serviço de Orientação Intercultural da USP. “Nos processos de idas e vindas ao Japão ocorrem mudanças culturais e de identidade. O retornado estranha o próprio país porque se adaptou a outro”, explica a psicóloga Laura Ueno.

Se precisar de apoio para enfrentar a vida profissional, o retornado também terá onde procurar. O Ciate oferece palestra específica para essa questão, dada pelo psicólogo Marcos Suguiura. Em “Descobrindo seus talentos – como se encaminhar profissionalmente”, ele dá as primeiras orientações para que a pessoa encontre seu caminho no mercado de trabalho. “Todos temos alguma vocação, mas nem sempre precisamos segui-la. Podemos fazer escolhas e nos dar bem”, explica o psicólogo. “O maior erro é voltar e ficar isolado dentro de casa com a família. Quem voltou precisa enxergar o horizonte e não só as paredes de casa”, observa Suguiura.

Renato Botuem, da Reduplan Alianças Estratégicas, empresa de orientação e consultoria criada há 22 anos, confirma que a volta ao mercado de trabalho é, sim, uma tarefa difícil, mas com esforço dá para chegar lá. “Muitos nem bem desembarcam e já querem um bom emprego. Comparo-os a uma pessoa que começa a treinar hoje pensando em ganhar uma medalha já na próxima Olimpíada”, diz Botuem. “Aqui, não prometemos emprego, pois quem define é a empresa. Mas um candidato preparado tem mais chances de ser contratado”, garante Botuem que tem cerca de 700 empresas parceiras, entre elas grandes multinacionais. A Reduplan é uma das únicas empresas de consultoria com foco no mercado dekassegui, e o serviço é cobrado.

A falta de objetivo também dificulta quem pensa em ter um negócio próprio. “Se você está com problema de saúde, precisa procurar um especialista e não o sujeito que lê revistas de medicina. No mundo dos negócios é a mesma coisa. A pessoa precisa procurar um profissional da área e não seguir o que dizem os palpiteiros. Empreender não é só abrir uma firma. Empreender envolve sonho, dedicação, trabalho, sacrifício, esperança”, completa o consultor.

Confira onde encontrar apoio no retorno ao Brasil

Ciate
Oferece palestras de orientação tanto para quem voltou ao Brasil quanto para quem ainda pretende trabalhar no Japão.
Rua São Joaquim, 381, 1º andar, sala 11 – Liberdade, São Paulo, próximo ao metrô São Joaquim
- Tel. (11) 3207-9014 - www.ciate.org.br

Grupo Nikkei de Promoção Humana
Desenvolve o Projeto Tadaima que oferece curso gratuito, visando aumentar a empregabilidade dos retornados.
Avenida Liberdade, 365 – Liberdade, SP (metrô Liberdade)
Atendimento: de 2ª a 6ª feira das 9h às 12h e das 13h às 17h
Tel: 11 3399-3754 / 3399-2404 - www.gruponikkei.wordpress.com

Projeto Kaeru
Oferecer trabalho de reinserção e acompanhamento das crianças na escola da rede estadual de educação.
Rua São Joaquim, 381 Subsolo (Edifício Bunkyo) – Liberdade, SP
Tel. (11) 3208-1755 - www.isec.org.br/projeto_kaeru.php

Serviço de Orientação Intercultural da USP
- Instituto de Psicologia – Universidade de São Paulo
Oferece orientação e atendimento nas questões ligadas ao choque cultural.
Avenida Prof. Mello Moraes, 1721 Bloco A, sala139 – Cidade Universitária, SP
Tel. (11) 3091-4360. Deixe mensagem com nome e telefone de contato.
- http://www.ip.usp.br/laboratorios/intercult/site/index.htm

Reduplan Alianças Estratégicas
Oferece orientação, atualização, capacitação e consultoria tanto para quem quer entrar no mercado de trabalho ou como para aqueles que querem abrir negócio próprio. A consultoria é cobrada.
Praça da Liberdade, 262, 7º andar, Liberdade – SP
Tel. (11) 3277-2001 - www.vouvencernobrasil.com.br

Fonte: http://www.noticiasdojapao.com.br/dekassegui/index.shtml